Esse final de semana foi incrível mesmo... Depois de muitos depoimentos da galera que estava conosco em Brotas, uns falavam sobre a sexta a noite (dia anterior ao nosso encontro), falavam que estavam tão nervosos que não conseguiram dormir.... Alguns ou mesmo todos estavam com uma pontinha de ansiedade, expectativas, incertezas, idéias e porque não dizer medo?
Pois é sobre isso que quero falar... o medo, testemunhei diversos tipos de medo neste final de semana, além dos meus medos os de outras pessoas.
Alguns com medo da água gelada, outros da altura, outros de escorregar, de cair, de não conseguir. Mas o medo de uma pessoa me chamou mais a atenção, era o medo de não tentar enfrentar os medos que tinha.
Vou explicar, a pessoa que estou falando tinha medo de escorregar, de cair, de se machucar, da água gelada, medos normais para uma atividade como esta... eu tb sinto esse medo e devo confessar que o sinto constantemente nas atividades... e é graças a esse medo que nunca me aconteceu nenhum acidente.... Mas, o maior medo dela era de não poder ao menos tentar acabar com esses medos... Entende???
Ela treinou exaustivamente na plataforma onde estava seco, era baixo, era possível... Mas uma antiga lesão em seu braço direito não a permitia se segurar, o movimento para segurar a corda era dolorido e isso a limitava, simplesmente de tentar.
Mas uma ação a permitiu tentar enfrentar os seus medos. E o primeiro, ela havia derrotado, o medo de não tentar. De não descer a cachoeira do Astor em Brotas - SP com aproximadamente 40 metros de altura.
Ela foi para a base da cachoeira, equipada e numa mistura de medo, complexos posso dizer sim... e total confiança a fez conseguir um sorriso no rosto que há muito tempo eu não via. Não era um sorriso largo com os dentes a mostra totalmente, era um sorriso com os olhos. Aquele sorriso que ninguém vê a não ser que esteja na mesma sintonia...E eu estava. Graças a Deus eu vi esse sorriso.
E posso dizer que eu estava ali, aprendendo a não desistir de tentar, com ela aprendi isso. Determinação também estava ali, e com todas as limitações em nenhum momento ela pediu para voltar, a todo o momento pedia instruções para se posicionar da melhor maneira e assim aconteceu.
Uma super ação fez com que ocorresse uma Superação... isso mesmo duas palavras que se tornaram uma.
Uma Super ação, experiência e total segurança passadas pelos instrutores Fábio Senna, Dida e Mikael se tornou a Superação de Mariana Fuzetti.
Três pessoas que se juntaram para mais uma vez ver um sorriso como aquele no rosto das pessoas.
Mariana Fuzetti, obrigada pelo final de semana incrível.
Agradeço também a TODOS da Equipe Limite Vertical e agregados, que nunca se esquecem de proporcionar esses momentos a todos que nos acompanham nas viagens!!!
Bjs Carla (Instrutora da Equipe Limite Vertical)
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